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A Platinotipia

 

História

 
A impressão em Platina/Paládio tem uma longa tradição, remontando ao início da história da fotografia, apesar da primeira patente do processo só ter sido registada em Inglaterra em 1873 por William Willis. 
Uma ampla divulgação sucedeu até à 1ª guerra mundial, embora a partir desse período, devido as questões de custo e dificuldade na obtenção de platina e paládio, desviados entretanto para aplicações bélicas, o processo tenha caído no esquecimento até aos princípios dos anos 70. Um artigo da época, do “master printer” George Tice, publicado num volume da Time-Life Books (1972), fez resurgir o interesse por este tipo de impressão como especialidade fotográfica na área das “fine arts”.
 
Fotógrafos como Frederick Evans, Edward Steichen, Paul Strand, Alfred Stieglitz ou Edward Weston, entre outros, foram alguns dos mais importantes utilizadores desta técnica desde o séc XIX. Foi no entanto o grande fotógrafo norte-americano Irving Penn, um dos artistas contemporâneos que mais se destacou, imprimindo com grande mestria em Platina/Paládio, uma parte razoável das suas melhores imagens. 
A utilização por fotógrafos portugueses desta técnica de impressão foi muito esparsa no séc XIX, sendo igualmente rara no séc XX, até aos nossos dias.
 

O processo

 
Os procedimentos de impressão iniciam-se com a escolha criteriosa de um papel de alta qualidade, 100% algodão. Segue-se o seu emulsionamento com uma solução especial de sais de platina e paládio, revelando-se esta operação crítica, porque a referida solução deverá penetrar o papel de forma absolutamente controlada. 
A segunda etapa consiste em expor o papel a luz ultra-violeta em contacto com o negativo do mesmo tamanho da prova, sendo posteriormente processada e lavada. O que resulta de todo este processo, é uma imagem com uma inconfundível atmosfera, formada unicamente com micropartículas metálicas de platina e paládio puros, embebidas nas fibras do papel.
 
Esta técnica de impressão fotográfica, distingue-se de outras pela inexistência de qualquer substracto adicional, tornando-se a imagem parte do papel e na estabilidade química da platina e do paládio. As imagens tornam-se tão permanentes como o papel de alta qualidade que lhes serve de suporte. A sua duração em perfeitas condições, pode ser avaliada na ordem das centenas de anos, tornando as “platina/paládio” muito desejadas tanto por museus como coleccionadores de fotografia.
Poder-se-á destacar ainda a ausência total de brilho, gama tonal muito extensa e delicada, sensação de tridimensionalidade e outros atributos menos tangíveis, que conferem a estas impressões um carácter e luminosidade únicos. 
 
foto de Manuel Gomes Teixeira, todos os direitos reservados
 
 
Neste vídeo vemos o fotógrafo/impressor Manuel Gomes Teixeira que faz o percurso desde o momento em que tira a fotografia até à sua impressão.
 
Embora use métodos tradicionais (com película fotográfica em câmaras de médio e grande formato) tem aliado procedimentos centenários com a tecnologia disponível hoje em dia, aproveitando o melhor do analógico e do digital.
 
O resultado final é inigualável.
 
 

Platinum Palladium Printing with Leica M Monochrom from Luís Oliveira Santos on Vimeo.

 


Manuel Gomes Teixeira

Lisboa,1962.

Fotógrafo e impressor

Exerce actividade como fotógrafo profissional, fundando o seu próprio estúdio( Punctum Studios), em 1989.

Nos últimos anos (desde 1998), dedica-se a métodos e técnicas de impressão fotográfica do séc. XIX, tais como Print-Out-Paper, Colódio Húmido, Cianotipia, Albumina, com especial destaque para a impressão em metais Platinum & Palladium (vulgo,Platinotipia), à qual, no momento, se dedica quase exclusivamente.Embora utilize no seu trabalho filme fotográfico tradicional, investiga a aplicação de técnicas digitais aos processo antigos, nomeadamente, na produção de negativos digitais em suporte de gelatina/cerâmica, fazendo a ponte entre as técnicas tradicionais e as novas tecnologias digitais.

Actualmente, disponibiliza serviço especializado de impressão fotográfica Platinum/Palladium, para fotógrafos, artistas e instituições. Desde 2003, realiza frequentemente Workshops  e seminários sobre o tema.

 

via www.manuelgomesteixeira.com

 

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O Daguerreótipo

daguerreótipo

 

Um vídeo bem interessante do fotógrafo de Seattle Dan Carrillho que fala um pouco da sua arte. 

 

 

O fotógrafo diz que hoje em dia, numa sociedade consumista em que tudo é tão imediato, ele tem a certeza que as imagens que faz ficarão depois de ele desaparecer. Num mundo digital em que é tão fácil tirar uma fotografia e é tão fácil esquecê-la, ele tenta fazer algo que perdure.

 

 

Passem pelo flickr e dêm uma olhadela, estas chapas têm alma!

 

Dan Carrillo: Daclotype from Patrick Richardson Wright on Vimeo.

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Processos fotográficos alternativos

George Eastman House criou uma série de filmes em que explica a história e contexto dos principais processos quimicos na fotografia. Do daguerreótipo à impressão em gelatina de prata, que é um processo usado ainda hoje nas películas preto e branco.

 

Os vídeos estão bem realizados e são um recurso interessante se quiserem saber mais sobre as fundações da fotografia moderna.

 

O Daguerreótipo

O processo Colódio

A impressão Albumen

O Woodburytype

A impressão de platina

A Impressão em Gelatina de Prata

 

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Um rolo por semana durante um ano

O fotógrafo Travis Lawton chegou agora ao fim do seu projecto em que consitia em queimar um rolo todas as semanas durante um ano.

 

Um projecto destes parecia mais fácil, mas no fim de contas ele gastou 1.000$ entre equipamento, câmaras e processamento; tendo tirado 1500 fotos. O fotógrafo reconhece que melhorou a sua técnica, pois cada fotografia que tira é mais pensada e controlada que no digital.

 

A seguir o vídeo e algumas fotos do projecto:

 

 

 

 

 

Para mais detalhes visitem o blog de Travis Lawton.

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O lixo de uns é o ouro de outros

beijing silvermine

 

Beijing Silvermine é um projecto do francês Thomas Sauvin que se move por "centros de reciclagem" na China para comprar negativos, que são depois catalogados e digitalizados.

 

Esses negativos retratam 20 anos do quotidiano de um povo, que coincide com a abertura da China ao ocidente e apesar de grande parte das imagens serem banais no seu todo têm bastantes aspectos em comum: como a composição os lugares e os clichés.

 

 

Beijing Silvermine - Thomas Sauvin from Emiland Guillerme on Vimeo.

 

Nós por cá também temos um respigador de negativos: o Filipe Bonito

 

 

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Ian Ruhter - Alquimista

Ian Ruther

 

Projecto Silver & Light do americano Ian Ruhter é verdadeiramente impressionante. Começou por fazer fotografia de grande formato (8x10"), farto de ver os fotógrafos que o rodeavam com as mesmas câmaras decidiu transformar um camião numa câmara fotográfica e viajar pela América a tirar fotografias.

 

O fotografo a dado momento diz que cada foto foto que tira, há um bocado dele que vai com a foto...trabalhando com chapas entre 27”x36” e 48”x60”; com o custo de uma chapa em $500 não é brincadeira...

 

Isto é pintar com prata e luz !

 

 

http://www.ianruhter.com/

 

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