Teste ao CineStill

 

2 rolos de CineStill

 

Apesar de ter chegado ao mercado em 2013, a história do CineStill começa anos antes... como outras de que costumamos falar aqui, também esta é impulsionada pelo amor ao filme.
 
Os irmãos Wright começaram a experimentar fazer fotografia com uma película usada em cinema — a Kodak Vision 3 500T 5219 —  devido à facilidade que estes tinham em revelá-la em laboratórios de cinema.  A notícia espalhou-se e rapidamente outros fotógrafos quiseram experimentá-la. O problema é que as películas de cinema têm na base uma camada anti-halo de cêra (rem-jet). No processo de revelação de películas de cinema (ECN-2), esta camada é removida no início, mas no processo standard de revelação de negativos (C-41) isto não acontece. 
 
Assim, o grande desafio seria remover esta camada para que a película pudesse ser revelada de um modo seguro com química C-41. Depois de muitas horas de investigação e milhares de metros de película estragada, os irmãos Wright conseguiram esse feito com um processo proprietário que chamaram de Premoval. 
 
O CineStill é um filme rápido, com um grão moderado, o que o torna ideal para situações com pouca luz. Está preparado para ser usado com luz artificial (tungsténio, fluorescente ou incandescente). Usado de dia, sem filtros, apresenta cores frias, mas sob luz de tungsténio produz cores vivas e vibrantes. Os fabricantes dizem que pode ser facilmente empurrado 1 ou 2 stops. 
 
Para testar o CineStill, nada melhor que fotografar uns concertos:
 
CineStill test 1
 
CineStill test 2 - Linda Martini
 
CineStill test - Cais do Sodré Funk Connection
 
CineStill test - Cais do Sodré Funk Connection
 
CineStill test - Cais do Sodré Funk Connection
 
CineStill test - Oita, Aveiro
 
 
Considerações finais
 
Considerando as expectativas, o resultado final não desiludiu. Fotografar espectáculos é um desafio, principalmente em virtude da falta de controle da luz, mas, mesmo nas situações mais difíceis, as fotos têm bom contraste e gama dinâmica. As fotos realizadas no exterior e de dia, tal como esperado, tinham as cores bastante frias. Foi necessário um pequeno ajuste no equilíbrio dos brancos. É uma película interessante, com uma latitude altíssima, mas não é adequada a todas as situações. Ficámos com curiosidade para disparar este filme a 1600 ASA. 
 
 
Não é uma película barata, sem dúvida. Mas na fotografia analógica, hoje em dia, o que é realmente barato? 
 
 
Fotos tiradas com uma Hexar AF @ 800 ASA, digitalizadas num Epson V500, sem grandes edições, disponíveis no nosso flickr com resolução de 4800dpi's. 
 
 
 
 
Mais info aqui, podem comprar aqui
 
 
Indefinido

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