Fotografei o Bergger 3 vezes e nunca publiquei porque achei que não tinha os resultados que gostaria de mostrar.
Como nunca falámos sobre o Bergger, pensei que seria importante tentarmos primeiro perceber o que podemos esperar deste filme.
Um pouco de história
O Bergger Pancro 400 é muito recente. Pertence a uma vasta listagem e filmes que surgiram em 2017. No entanto a marca Bergger, nascida em 1995, é uma das ultimas empresas francesas especializada na fabricação de superfícies fotossensíveis. Graças ao legado de Guy Gérard, o químico Guilleminot e o especialista em economia Daniel Boucher, a Bergger conseguir resistir à nova era digital e destacar-se no mercado de fotografia.
A Bergger tem uma vasta gama de produtos, desde papel para ampliação, química para revelar e diversos tipos de formato de lme que vai do 35mm até a 4 tamanhos de chapas para grande formato.
Características do Pancro 400
Bergger Pancro 400 é um filme pancromático com uma característica particular.
É um filme de dupla emulsão que combina dois compostos químicos diferentes - Brometo de prata e Iodeto de prata. Diferem pelo tamanho do seu grão e estas propriedades permitem uma ampla latitude de exposição. Incluí uma camada anti-ondulação e uma anti-halo.
Apesar de ter 3 rolos revelados com diferentes reveladores, a principal característica comum aos 3 é o contraste. Tem também uma gama de cinzentos muito bonita e uma latitude tonal muito completa. Isto signica que podemos errar alguns stops que ele perdoa. As sombras são muito bonitas e vibrantes. Notei que quando subexposto há uma tendência em car mais contrastado, mas sem perder muito detalhe nos pretos.
Olhando para os meus resultados posso dizer que o grão é o único parâmetro que difere consoante o tipo de revelador usado.
Com o D76 e o Rodinal, o grão é evidente e pessoalmente achei demasiado presente para um rolo de ISO 400, comparando por exemplo com o Ilford HP5+, mesmo sendo de constituição diferente. O Bergger PMK deu-me um resultado com o grão mais fino e uma nitidez muito mais evidente.
Bergger Pancro 400 com Kodak D76 Stock
Bergger Pancro 400 com Rodinal (1+25)
Bergger Pancro 400 com PMK (1+2+100)
Bergger PMK – Porquê um resultado mais equilibrado e nítido?
PMK – Pyro Metol Kodalk Pyro – Ácido pirogálico (composto químico)
O pyro é dos reveladores mais antigos usados na revelação a preto e branco. Bastante dominante no século XIX, mas esquecido durante o século XX.
Pyro oferece um aumento da qualidade de impressão e capacidade de registar as diferenças subtis de luz. A nitidez, separação de tons e o grão mais fino são propriedades melhoradas nos negativos. O destaques são muito detalhados. A mancha amarelada que fica no negativo é bastante característica deste revelador, conhecido como um Stain Developer. A quantidade da mancha é proporcional à densidade da prata, melhorando a tonalidade e reduzindo o grão.
Bergger PMK é um revelador pyro com a sua formula baseada na original de Gordon Hutchings.
Foi com este revelador da Bergger que tive os melhores resultados com o Bergger Pancro 400.
Confesso que já tinha desistido de comprar este filme. Apesar das suas características bem distintas, o grão era um aspeto que não me deixava feliz. Perdia nitidez e lá se ia o encanto pelos contrastes tão característicos deste filme.
O PMK veio mudar a minha opinião em relação ao rolo e efetivamente torna possível tudo aquilo que promete.
Juntamente com o Bergger Pancro 400, potencia as melhores características deste filme.
Contrastes salientes, gama de cinzentos bastante completa e detalhes nas altas luzes sem retirar informação.
Bergger Pancro 400 com Kodak D76 Stock
Bergger Pancro 400 com Rodinal (1+25)
Bergger PMK
Bergger com Kodak D76 – Konica Auto S2 (35mm)
Bergger com Rodinal – Mamiya 645 (120)
Bergger com Bergger PMK – Mamiya 645 (120)
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